Em alguma tarde os dois se encontraram. O local não era lá muito convidativo, um vagão de metrô daquela cidade cheia de gente. Mas eles se encontraram. Sem dizer uma palavra sequer eles se conheceram, seriam cúmplices do momento.
Os olhos se atraiam e um analisava o outro a medida que o vagão se locomovia. Eles nem sabiam que tinham se encontrado, mas estavam lá. Entre um pensamento e outro eles se encontravam quase sem querer.
Trocaram todas as palavras possíveis, fizeram confissões, mas nem um som foi ouvido além do barulho dos trilhos e das gentes que entravam e saiam a todo instante. Viveram uma vida e trocaram experiências. Um quase pôde sentir o cheiro do outro, o gosto, a textura da pele.
Mas chegou o destino. Entre uma parada e outra eles se desencontram. Depois de um tempo nem sem querer, nem um pensamento sequer, nada.
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